de Dennis Downing
Jesus contou a parábola do “juíz iníquo” para incentivar os discípulos a não desistirem de orar.
Lucas 18:1-8 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?
Há nesta parábola uma grande lição para os Cristãos de hoje. Muitos Cristãos pensam que não adianta clamar aos políticos para tentar mudar as leis, ou insistir com os governantes para fazer o que é justo. Certamente, alguns raciocinam assim: “eles são corruptos, não vão nos escutar porque não se importam com o que nós pensamos.”
Note, porém, que na parábola contada pelo próprio Jesus, uma viúva vinha sofrendo injustiça. Ela tinha todos os motivos para não “perder seu tempo” clamando ao juíz. O próprio Jesus rotulou aquela autoridade de “iníquo” (v. 6), ou seja (injusto, sem justiça). Jesus ainda disse que o homem “não temia a Deus, nem respeitava homem algum” (v. 2). Mesmo assim, a insistência desta mulher o importunou ao ponto de fazê-lo atender. Ou seja, até com governantes injustos, se não desistir, pode haver mudança.
Aonde está o problema? Creio que está em nós, os Cristãos, precisamente em nossa falta de fé. Se nós realmente acreditamos que Deus é justo, e que Ele responde às nossas orações, por que então é que não estamos orando mais?
Conta-se a história de uma pequena cidade do interior onde não havia boate. Chegou o dia em que um homem abriu uma boate na rua principal da cidade. Os membros de uma igreja local começaram a orar para que Deus destruísse a boate. Não muito tempo depois, um raio atingiu a boate e ela foi totalmente destruída pelo incêndio que sucedeu.
O dono, sabendo das orações dos membros da igreja, entrou com processo na justiça contra eles. O advogado dele argumentou que as orações dos Cristãos levaram ao incêndio. A congregação, por sua parte, contratou um advogado para combater o processo alegando que a culpa não era deles. O juíz, depois de muita deliberação declarou, “É a opinião deste tribunal que, seja onde estiver a culpa pelo incêndio, o dono da boate é que realmente acredita no poder da oração, enquanto os membros da igreja não acreditam.”
Podemos sorrir com esta ilustração, entretanto, é bom refletir um pouco – será que nós realmente acreditamos no poder da oração? Estamos agindo como quem acredita? Ou estamos deixando de agir como incrédulos? Estamos orando pelas autoridades, pelas eleições, pelos governantes? Ou, estamos deixando de orar? Acreditamos no poder da oração, ou não? Acreditamos que Deus é justo, ou não? Por que será que Jesus perguntou ao final desta parábola “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”
Então, irmão, o quanto tem orado pelas eleições deste domingo no Brasil? Sinceramente, seja honesto consigo mesmo – o quanto tem clamado a Deus para Ele mudar as autoridades do país, para acabar com a impunidade, com a corrupção, com a injustiça? O quanto você tem feito a sua parte?
Ainda não é tarde para as eleições de domingo. Ore, hoje mesmo, e amanhã, e todos os dias até a eleição. E sabe o que pode fazer depois da eleição? Orar mais, para que Deus mude o coração de cada político e governante corrupto, ou que os tire do poder.
Mas, se você optar por não orar, o que é que isso diz sobre a sua fé em Deus? Quem é mais sincero em relação à fé: as autoridades, muitas das quais não fingem fé nenhuma em Deus; ou você, que diz acreditar, mas, age como incrédulo? Volto a perguntar, vai orar pelas autoridades?
Se você estiver precisando de orientações ou estímulo para orar pelas autoridades, veja a lista “40 Dias de Oração Pelas Autoridades” e ainda os “Pedidos Diários de Oração Pelas Autoridades”
Dennis Downing é o autor do devocional diário “Jesus disse…”
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